Atitude de Vida

O uso da Glicosamina e Condroitina.

texto por Washington Luiz Ribeiro

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A boa fé de nossos clientes (alunos ou pacientes) não deve ser usada para justificar o uso de certos medicamentos ou suplementos sem evidência científica. A maioria dos clientes, quando dispõe da informação adequada sobre o seu problema musculoesquelético, pode se tratar com maior sucesso.

A Glicosamina ou a glicosamina + condroitina é largamente usada com o objetivo de regenerar ou impedir a degeneração da cartilagem. O problema é que não existe até o momento nenhum estudo amplo que dê subsídio para o uso da glicosamina ou glicosamina + condroitina como um suplemento capaz de tal objetivo.

A maioria das dores musculoesqueléticas é provocada por fatores mecânico, ou seja, provocada por um movimento ou posição aplicado nos músculos e articulações. A chave para identificar a origem dos sintomas de dores, formigamentos, queimação e dormência, causada pela a artrose, está em compreender os fatores de riscos mecânicos e não por remédios ou suplementos com pouca ou nenhuma evidência científica.

Meu parecer como Fisiopatologista é que seja avaliada a “ergonomia diária” destas pessoas (em casa, no trabalho, etc.), com uma Blitz postural de seus hábitos, ginástica laboral, atividades físicas regulares, mobiliários usados no trabalho onde passam boa parte de seu tempo e também em casa, como a qualidade e condições de seus colchões, travesseiros, cadeiras, etc.

O uso da glicosamina ou glicosamina + condroitina é um assunto controverso.

É importante seguir as sugestões de uma Medicina baseada em evidências, pois assim, se corre menos riscos de submeter às ondas de comercialização e da propaganda agressiva realizada com esse suplemento alimentar.

Alguns estudos mostraram que uma pequena parcela de usuários que fizeram uso da glicosamina ou glicosamina + condroitina, melhorou as suas dores e consequentemente a funcionalidade da articulação, em relação ao placebo. Isso ocorreu somente em alguns casos mais brandos de artrose.

“Pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, coletaram todas as pesquisas clínicas de qualidade realizadas com condroitina, glicosamina ou ambas, e analisaram seus resultados em conjunto para avaliar se havia algum efeito sobre a dor ou sobre as alterações radiográficas. O artigo (http://zip.net/bnnxnr), publicado esse ano (2017) no British Medical Journal, relatou que nenhum dos medicamentos, usados isolados ou em conjunto, é capaz de trazer algum benefício significativo para os pacientes”.

 

 

 

 

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